António Mega Ferreira é amplamente considerado um dos grandes intelectuais portugueses das últimas décadas, destacando-se como escritor, jornalista e gestor cultural. Ele foi o mentor de diversos projetos culturais de grande importância, contribuindo para a imagem da jovem democracia portuguesa, que lutava por um lugar no espaço europeu. Um dos seus maiores feitos foi a Expo-98, um projeto ambicioso que comemorou os 500 anos da chegada dos portugueses à Índia, transformando e requalificando a zona oriental de Lisboa.
É precisamente no icônico Pavilhão de Portugal, projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, que nasce a Biblioteca António Mega Ferreira, o mais recente equipamento cultural a abrir suas portas à cidade. Este espaço abrigará a biblioteca pessoal do autor, resultado de um acordo entre os herdeiros de António Mega Ferreira, a Câmara Municipal de Lisboa, a Junta de Freguesia do Parque das Nações e a Universidade de Lisboa, que é proprietária do edifício.
Pela natureza patrimonial da coleção, a consulta estará restrita ao espaço da biblioteca, permitindo que curiosos e estudiosos conheçam melhor António Mega Ferreira, um intelectual comprometido com a defesa da liberdade individual e engajado na educação social e cultural das populações.
Além de sua coleção, o espaço também disponibilizará diversas obras publicadas durante a Expo-98, em parceria com o Centro Interpretativo do Parque das Nações, que também estará instalado no Pavilhão de Portugal. A biblioteca funcionará 24 horas por dia, sendo um local de estudo e trabalho que abrigará uma programação cultural em colaboração com a Reitoria da Universidade de Lisboa e o Centro Interpretativo, sob a gestão da Junta de Freguesia do Parque das Nações.