Educação em Física e Química: Professores em Disputa em Escolas Carentes

Educação em Física e Química: Professores em Disputa em Escolas Carentes

A Federação Nacional de Educação (FNE) expressou “profunda surpresa e preocupação” em relação ao fato de que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) não ter oferecido nenhum cargo para professores de Física e Química no recente concurso extraordinário externo anunciado.

A FNE refere-se ao concurso lançado esta semana pelo Governo, destinado exclusivamente às escolas das regiões de Lisboa e da Península de Setúbal, além de algumas áreas do Alentejo e do Algarve, onde os alunos frequentemente ficam sem aulas devido à falta de professores.

O concurso abre 1.800 vagas, buscando notavelmente 310 professores de língua portuguesa, 192 professores de Matemática e cerca de 170 para a educação primária.

A FNE destacou que é “incompreensível que o mapa de vagas para este grupo apareça totalmente preenchido com zeros”, ressaltando que as escolas “continuam a ter dificuldades significativas em garantir professores de Física e Química, muitas vezes substituindo-os por pessoal não qualificado ou recorrendo a horas extras para essa disciplina.”

Dessa forma, o sindicato questiona as autoridades sobre os critérios que levaram a esta decisão e pede uma correção para garantir que esses professores “não sejam discriminados e que as escolas possam atender adequadamente às reais necessidades educativas.”

O concurso extraordinário começou no dia 28 de outubro e termina no dia 14 de novembro, visando educadores da educação infantil e professores da educação primária e secundária.

O Ministro da Educação revelou esta semana que quase metade dos agrupamentos escolares ainda enfrenta falta de professores, com 12 agrupamentos tendo pelo menos 10 vagas em aberto.

<p"Um dos problemas mais sérios é a falta de professores," admitiu Fernando Alexandre na quarta-feira, durante a consideração especial da proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).

“Até 24 de outubro, tínhamos 1.240 horários não preenchidos, 480 agrupamentos escolares com pelo menos um horário vago e 12 agrupamentos com 10 ou mais horários não preenchidos,” revelou Fernando Alexandre, reconhecendo que o número pode já estar desatualizado.

Os 1.240 horários não preenchidos estão “todos concentrados” na área da Grande Lisboa, na Península de Setúbal e em algumas áreas do Alentejo e do Algarve, com a proposta do OE2026 planejando “gastar mais 118 milhões de euros” em medidas para combater a falta de professores.

Para atrair professores para as escolas, o ministério lançou várias medidas, como apoio para deslocação de professores designados longe de casa e um novo concurso extraordinário externo para escolas que enfrentam maiores desafios na contratação.

O ministro reconheceu que, dentro de um grupo de “mais de 128.000 professores (nas escolas), é natural sempre haver horários a serem preenchidos, a questão é a rapidez com que cada horário é preenchido.”

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