“É um reforço significativo. O nosso objetivo principal era ter representantes eleitos em todos os órgãos locais de governo, em todas as freguesias, na assembleia municipal e na câmara. Atingimos esse objetivo e teremos influência direta na vida das pessoas do Porto. Não escondemos que gostaríamos de ter mais, um reforço maior, para termos mais força. (…) Mas respeitamos a democracia, o resultado,” afirmou.
Apesar de ter “o primeiro objetivo alcançado,” ele observou que havia “a ambição de ter pelo menos dois vereadores.” Ele havia dito na sexta-feira que isso seria “uma derrota” se não fosse alcançado, embora o resultado ainda fosse visto como um triunfo.
“Não escondemos. Falhamos esse segundo objetivo, alcançando o primeiro. Mas aceitamos o resultado. É o resultado popular que devemos respeitar. Vamos trabalhar com esta equipe, que já é grande, em defesa da cidade e dos interesses do povo do Porto,” comentou, também saudando os eleitos nas freguesias do município e na assembleia municipal.
Quando questionado sobre ser o único vereador eleito fora da coligação PSD/CDS-PP/IL, que venceu as eleições com Pedro Duarte à frente, e do PS, liderado por Manuel Pizarro, ele considerou que o resultado “implica mais responsabilidade.”
“A democracia prospera na pluralidade; é por isso que existe. Ao perder a pluralidade, a democracia sempre perde, mas isso nos traz mais responsabilidade. Queremos trabalhar bem, queremos avançar nos próximos quatro anos ouvindo todos os cidadãos do Porto, não apenas aqueles que votaram em nós,” afirmou.
Com esses resultados, disse ele, “o Porto se encontra em um cenário onde não há maioria,” com o Chega buscando assumir “um papel preponderante na governança da cidade,” uma posição que os deixa “orgulhosos.”
“Candidatamo-nos para governar a cidade. Mas respeitamos os resultados. Somos um partido novo. (…) Não vamos criar problemas para a cidade, mas trabalhar em soluções. Vamos trabalhar, naturalmente, com aqueles que venceram, mas com todos os eleitos,” mencionou.
Sobre os acordos de governança, Corte-Real lembrou que “Pedro Duarte já declarou que não deseja fazer acordos, assim como Manuel Pizarro também disse.”
Pedro Duarte “quiserá governar a cidade em minoria. Essa é a responsabilidade dele,” concluiu.
Os candidatos à Câmara Municipal do Porto incluíram Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).