Claudia Lima faz um retorno surpreendente às suas raízes, o movimento neo-concreto brasileiro, interpretado pelo seu olhar contemporâneo. Uma delicada, e por vezes explosiva, sucessão de cores se desdobra em matizes que se intensificam ou se suavizam, retratando a passagem do tempo e os ciclos da vida e da natureza.
Observar o conjunto de texturas que adornam as paredes brancas da galeria é como embarcar em uma viagem pelas estações: Primavera, Verão, Outono e Inverno… Esse parece ser o propósito da artista ao intitular esta exposição de Quatro Estações.
A mostra, que estará em exibição até 30 de outubro na 28ART Gallery, Prata Riverside Village, no Braço de Prata, Lisboa, reflete as experiências, experimentações e andanças da autora: pintura, escultura, instalação, vídeo e tapeçaria.
Claudia Lima, brasileira nascida e formada artisticamente, portuguesa por adoção, dinamarquesa e suíça de coração, teve como mentor o renomado pintor Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, enraizando-a na escola de design de Ulm, na Alemanha.
Em Lisboa, onde divide uma de suas residências, construiu uma obra que transcende o tempo, geografia e culturas, refletindo a riqueza de suas origens e experiências, ao mesmo tempo em que projeta seu desejo de contemplar um mundo melhor.