Endividamento de lares, negócios e governo sobe para 847 milhões de euros no primeiro semestre

Endividamento de lares, negócios e governo sobe para 847 milhões de euros no primeiro semestre

O endividamento do setor não financeiro, que abrange administrações públicas, empresas e consumidores, aumentou em 32,3 mil milhões de euros no primeiro semestre, alcançando um total de 847 mil milhões de euros, de acordo com o Banco de Portugal (BdP).

No final de junho, o endividamento do setor privado, que inclui tanto empresas quanto consumidores, somava aproximadamente 468,8 mil milhões de euros, enquanto o setor público correspondia a cerca de 378,2 mil milhões de euros (formado por administrações públicas e empresas estatais).

Durante os primeiros seis meses do ano, o endividamento do setor público aumentou em 19,1 mil milhões de euros, sendo esse crescimento, em grande parte, atribuído ao exterior (14,5 mil milhões de euros), principalmente devido ao investimento líquido de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa, que totalizou 14,8 mil milhões de euros, dos quais 13,3 mil milhões referem-se a títulos de longo prazo.

O banco central registrou também um crescimento do endividamento do setor público em relação aos particulares (+2,1 mil milhões de euros), às administrações públicas (+1,7 mil milhões) e às empresas não financeiras (+1,5 mil milhões), enquanto houve uma diminuição em relação ao setor financeiro (-0,7 mil milhões).

No que diz respeito ao endividamento do setor privado, este aumentou em 13,2 mil milhões de euros, com os particulares a serem responsáveis por um incremento de sete mil milhões, essencialmente em relação ao setor financeiro (+6,6 mil milhões, dos quais +5,1 mil milhões referem-se ao crédito à habitação).

Por outro lado, o endividamento das empresas privadas cresceu 6,2 mil milhões de euros, refletindo aumentos em relação ao setor financeiro (+5,0 mil milhões), ao exterior (+0,7 mil milhões) e às empresas não financeiras (+0,6 mil milhões).

Até junho, o endividamento do setor não financeiro subiu de 285,7% para 289,6% do Produto Interno Bruto (PIB), apontando para um crescimento do endividamento superior ao aumento do PIB.

O BdP esclareceu que essa variação se deve ao aumento do endividamento do setor público, que foi de 125,9% para 129,3%, e do setor privado, que passou de 159,8% para 160,3%.

Apenas no mês de junho, o endividamento das empresas privadas cresceu 2,6% em comparação com o mesmo mês de 2024, após um aumento de 1,8% em maio.

A taxa de variação anual do endividamento dos particulares registrou um aumento pelo 19.º mês consecutivo, atingindo 6,7% em junho de 2025, o maior desde o início da série em dezembro de 2008.

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